A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), mais conhecida como andropausa ou queda hormonal, é um problema que afeta cerca de 15 a 20% dos homens com mais de 50 anos no Brasil e ainda é pouco discutida na sociedade
O cansaço, falta de desejo sexual, disfunção erétil, estresse estão entre os principais problemas provocados pela diminuição do hormônio masculino, a testosterona. De acordo com especialistas, este é um fenômeno normal que acomete 15 a 20% dos homens com mais de 50 anos. Este problema denominado na medicina como Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), é clinicamente reconhecido como queda da testosterona (também conhecida popularmente como andropausa).
Normalmente a produção do hormônio pode começar a decair a partir dos 40 anos, contudo os médicos afirmam que nem todos os homens terão o problema. Os especialistas orientam que os pacientes realizem o tratamento de reposição hormonal, contudo é importante saber que este tratamento é indicado apenas para casos específicos e não deve ser administrado se os níveis do hormônio estiverem normais, mesmo que haja queixa dos sintomas.
Diagnóstico e prevenção – O diagnóstico de queda hormonal é possível através da realização de uma análise clínica e laboratorial, solicitado pelo urologista. Não há ainda uma forma de prevenção do DAEM, mas acredita-se que ter hábitos de vida saudáveis contribuem para diminuir o risco para a doença, bem como a ida ao médico com regularidade.
Riscos e incertezas – Alguns estudos indicam que o tratamento de reposição hormonal tem relação com o aparecimento de casos de câncer de próstata em homens a partir dos 60 anos. Esta suspeita não se trata de consenso no campo da medicina, dessa forma, todo cuidado é necessário. De acordo com o Portal da Urologia, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) reprova o uso sem indicação médica de reposição hormonal, sobretudo por conta do aumento do uso por homens que têm como principal objetivo ganhar disposição e massa muscular rapidamente.
O Portal relata ainda que os usuários mais frequentes são alunos de academias de ginástica e fisiculturistas. Outro alerta feito pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) é de que os medicamentos são vendidos, ou melhor, deveriam ser vendidos, apenas mediante retenção de receita. No entanto, no Brasil, muitas farmácias violam a lei e vendem injeções e géis de testosterona livremente.
É importante reforçar os riscos e efeitos colaterais provocados pelo aumento desse hormônio acima do nível normal são reais e perigosos, tais como: elevação da concentração de células sanguíneas (hemácias) no sangue que podem provocar embolias; aumento das mamas acompanhado de dor (ginecomastia), aumento da glândula prostática e uma série de disfunções hormonais no organismo, que resultam até na atrofia dos testículos e, consequentemente, na diminuição da produção de espermatozoides e infertilidade.
Para evitar os efeitos negativos de qualquer tratamento, é sempre recomendável que o interessado procure um urologista cadastrado na Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e siga corretamente as orientações do médico. Apenas assim o paciente terá a garantia de que o tratamento será concluído com o menor risco possível.