A obesidade é uma grande inimiga da saúde. Ela traz consequências para todos os aspectos da vida de uma pessoa que sofre com essa doença. Essa condição é um dos principais fatores de risco para outras diversas doenças crônicas e cardiovasculares.
Hoje, no Brasil, a obesidade afeta cerca de 26% da população, ou seja, uma em cada quatro pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os homens desse grupo estão em maior risco de ter disfunção erétil.
Vamos falar hoje, sobre a relação entre a obesidade e a saúde sexual masculina. Como ela pode afetar e o que fazer para corrigir esse problema que aflige milhares de homens no Brasil e no mundo.
Primeiro: o que é a obesidade?
É importante entender que a obesidade é uma doença crônica, ou seja, ela é uma condição e não uma escolha de quem sofre com ela. Por isso, é necessário buscar ajuda e tratá-la para que se tenha uma melhor qualidade de vida e não sofra com outros problemas que podem aumentar ainda mais a gravidade da condição.
A obesidade foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo, por isso, ela se tornou um problema de saúde pública, o que exige do Estado a execução de um conjunto de medidas para garantir o bem-estar físico, mental e social das pessoas que sofrem com a doença.
As principais causas
É preciso combater o preconceito e a ideia de que a obesidade seja uma simples consequência da falta de força de vontade. Existem fatores genéticos e hormonais que causam distúrbios de peso, por exemplo. Devido à atividade inadequada dos hormônios, essas pessoas não conseguem se sentir saciadas com a mesma quantidade de alimentos que uma pessoa que tem atividades hormonais regulares.
Dessa forma, a pessoa tende a realizar uma alimentação excessiva, o que aumenta os riscos de que ela se torne obesa. No caso de pessoas sedentárias, o risco se torna ainda maior, principalmente para o desenvolvimento de outras doenças, como hipertensão, diabetes e colesterol, por exemplo.
Além disso, a obesidade apresenta outras causas importantes:
- metabolismo desacelerado;
- predisposição genética;
- disfunções endócrinas;
- influência psicológica, como a ansiedade e depressão e outras condições que desencadeiam distúrbios alimentares.
A obesidade e a impotência sexual
Muitas pessoas perguntam se existe relação entre uma e a outra e a resposta é, sim, a obesidade tem impacto muito grande para a saúde sexual do homem. Ela pode causar impotência, principalmente, por uma questão hormonal. A produção de testosterona diminui consideravelmente em homens obesos e, por ser o principal hormônio no controle das funções e no desempenho sexual masculino, o baixo nível de testosterona causa essas disfunções e outros problemas relacionados a saúde sexual.
A produção de testosterona é realizada por células que estão presente nos testículos, entretanto, essa produção também depende de outros hormônios provenientes da glândula hipófise, como a leptina, por exemplo. Esse hormônio é o principal responsável pela acomodação das células dos testículos e importantes para a produção dos espermatozoides e também da testosterona. Tanto a produção excessiva quanto a baixa, é que causam a disfunção e interferem no desempenho sexual.
O excesso de peso também pode causar dificuldades de ereção, devido aos desequilíbrios no processo de transformação da testosterona em estradiol, um hormônio feminino. A obesidade também pode comprometer a passagem do sangue para a região peniana, dificultando a capacidade de ereção do homem.
Além disso, a obesidade também está relacionada a outros problemas de saúde sexual, como a diminuição de libido, dificuldade de ejaculação e problemas de autoestima que também podem comprometer o desempenho sexual.
O tratamento deve ser feito para a obesidade ou a impotência sexual?
É importante entender que é necessário tratar a causa da impotência sexual, neste caso, a obesidade. O ideal é que o paciente realize o tratamento para correção hormonal, dessa forma, é possível corrigir a produção de hormônios e a resistência à leptina.
Juntamente com o tratamento hormonal, é necessário que seja realizado uma mudança no estilo de vida, incluir novos hábitos alimentares, buscar um profissional de nutrição e a psicoterapia, para que seja possível tratar os casos de distúrbio alimentares, além de compor a rotina com atividades físicas para que seja possível alcançar a perda de peso.
Se mesmo com emagrecimento, a impotência sexual persistir, pode ser necessário buscar ajuda de um médico urologista para fazer uma nova avaliação sobre o caso e orientar sobre o tratamento mais adequado.